quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Peixinho de aquário

Peixinho de aquário
é pior do que enjaulado leão
Peixinho de aquário
não sabe nem pisar no chão.

Caio Bio Mello
06/10/2016

Anêmona

ANÊMONA MOLE
MOLÊMOLA
NEMO ALÊMONO
NEMOLE
NÉ MOLE, NÃO?

Caio Bio Mello
06/10/2016

O polvo de brigadeiro

Encontro
            o polvo de brigadeiro
que me abraça com seus tentáculos
                        rumamos ao fundo do mar.

Não sei se devoro
ou se sou devorado.

Caio Bio Mello
06/10/2016

Cardume

Cada peixe
é pé é povo é partida.
Cada um é cardume
            carduns e cardoutros.

Um peixe
a pesca
                        passa boi passa boiada
o fio da meada.

Deslizam enfileirados
            populopeixe
                        não vejo quem é um quem é outro
é tudo peixe
            o deslize na água
passa passa peixe passa.

            O pescador
a rede
                        alguns saltam e prateiam as escamas no sol
            peixespada peixalimentação
                        a pesca
quem fisga o fisgado
estamos todos na mesma rede

O peixe multidão.

Caio Bio Mello
06/10/2016

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Pesca

O peixe mar bruto
O peixe na minha rede
O peixe meu fruto

Caio Bio Mello
02/10/2016

Graças

Eu agradeço
            à luz e às cores
                        a essa brisa que vem do mar
que bom
estar aqui                    na chuva
no sol                          no sorriso
porque é só riso
menina
seu riso no meu peito
                        guardo cá comigo

                        Eu te agradeço.

Caio Bio Mello
03/10/2016 

Samboceano

Eis o mar e suas fibras de fato
de libértulas em formato espuma
em nenhum momento vislumbro bruma
eu vejo, sim, o sol nos sendo grato

Sempre meu singrar se faz inexato
eu amo as ondas, delas cada uma
com o viver a vida se acostuma
o nadar d’água em seu piscianato

As curvas e tubos azul e branco
eu escalando a montanha fluidonda
formas se entopando para encristar

O rugido com barulho de estronda
Eu céu mar eu mar (ri)mar céu eu mar
O oceano inteiro me sendo franco

Caio Bio Mello
03/10/2016

É um novo dia

Mil me desconheci para saber
vezes e conhecer-me de verdade.
Todos os lados, desde a tenra idade
vi o começo do reaprender.

Dança do fato, do ser e viver
as cores da máquina da verdade.
Doce da chuva da minha cidade
memórias de um dia que vai chover.

Os raios que de mim brotam tal luz
que vê, cresce e enraíza fecunda.
É meu luzarquipélago de cor

a ilha central de lá oriunda
navegaremos para onde que for
na estelarenteza que me conduz.

Caio Bio Mello
03/10/2016