terça-feira, 29 de outubro de 2013

Sternsystem

Ich sehe meine Seele.
Aber meine Seele sieht mich nicht. 
Meine Seele sieht nur
sondern ihre Augen. 

Caio Bio Mello
29/10/2013

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Trikunftworld



Ich habe keine Vergangenheit.
Meine Träume sind große Bilder,
die ich nie gelebt habe.

Mein Herz? Wo ist mein Herz?
Leute erinnern sie sich nicht mehr an mich,
weil ich ein Geist bin.

Where are you?
My eyes, my deep, profound eyes
burning through eternity
like flames fluttering in the dark.

Only a whisper. Incubus.
Shades of darkness eating my skin
while my lungs are filled up with despair.

Eu não tive chance alguma.
Jamais teria.
Meus braços, pálidas bailarinas desnudas,
bailavam a esmo minha paura.

Não tenho presente. Não conheço os nomes.
Não reflito. Meu corpo se desfaz.
Franco, sucumbo.
Errei.

Meine Seele hat mich nach Hause mitgenommen.
Ich kann meinen Fehler nicht erleben
aber mein Fehler lebt mich.
Meine Ideen sind immer gleich und farblos.

Zukunft. Zuordnen. Zu eng.
Nicht zusammen.
Meine Augen lieben einen traurigen Mann.
Da bin ich.  

I know you. And you’re here right now.
On this very moment, we are together.
I can feel mankind bending inside our hearts,
I can hear your thoughts.

But that’s only the Vergangenheit
trying to escape from the Zukunft
and not just simply respecting the presente.
I’m always alone.

Um velho. A carne mole.
Nasci velho.
Olhos secos, corpo fraco, mente oca.
Nunca deixei a cripta.

As teias! As teias...
A cada novo laço, a cada nova trama,
um novo aracnídeo multifacetado
(e fragmentado como eu)
devora outro inseto de coração frágil.

Und ich werde zeitlos.


Caio Bio Mello
22/10/2013


domingo, 13 de outubro de 2013

Solilóquio



Não há barganhas
na vida.

Existe somente
um sorriso
um dia
uma palavra.

Caio Bio Mello
13/10/2013

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Herocárdio

O coração que não bate. 
Que só arde, queima.
O coração em chamas
como o mundo em carrossel. 

O coração quieto, roto, velho. 
Órgão nu. Pobre. 
Deixando escorrer seu sangue 
quente como chuva. 

O coração velha caverna de outros dias. 
Em meio às teias, quem será?
Um par de olhos de vidro.
Será que ainda guardam algo?

Com certeza não. 
O coração é jaula enferrujada,
dotado de pequenos compartimentos aveludados
que separam eras, épocas e dramas. 

O coração estúpido. 
Velha lataria de chumbo grosso. 
Rijo. Fibroso. 
A parte da solidão que penetra na carne. 

Antiga válvula de puxar e empurrar sangue
agora deteriorada.
Não tem olhos. Não tem boca. 

Mas, se tivesse, contaria de suas angústias. Dividiria seus medos. 
Se tivesse a capacidade da fala,
tristeria o mundo de insensatezes. 
E isso não se faz. 

Então, que se deixe morrer no peito. 
Quieto, abafado entre as costelas. 
Moído até sua última sístole. 
O sangue morto no homem que anda. 

Caio Bio Mello
11/10/2013

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Submersão

"Levanta."

Mas ele não consegue.  

"Levanta". 

Mas ele não consegue. 

"Levanta."
Olhos no azul do mar profundo. 

Caio Bio Mello
08/10/2013