terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Bittersweet eyes
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
domingo, 12 de fevereiro de 2017
Cálculo
Um pacote de cigarros
Dois pés na mesa
Um copo com uísque barato
Coça a barba
Uma brasa solitária
no domingo à noite
Bio
12/02/2017
Da série Miudeza
sábado, 11 de fevereiro de 2017
Caminhoca
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Vida-lata
Hic jacet
Um cão sem dono
Livre dos nomes repetitivos
e da ração insossa.
Bio
09/02/2017
Da série Miudeza
sábado, 4 de fevereiro de 2017
Soneto do rio que seca
Um atual problema que eu enfrento:
fim de amizades por assoreamento.
Juntam silêncios, num processo lento,
que escurecem a água em turvamento.
Estava quem não chega no momento
o rio que desemboca está sedento.
Todas ideias em represamento,
de tão alagadas, não têm sustento.
Para não encalhar, reoriento
o barco para longe do areento.
Vai singrar na vaga do esquecimento.
Vai bem... Mas o que quase não aguento
é quando a brisa me traz esse vento
e lembro daquele desamigamento.
Caio Bio Mello
04/02/2017
Remendo
Eu vejo teu estofo
Cair como neve
Recolho, um por um, os flocos
Evito que o algodão se suje
Já te perdi
Tantas vezes nessa vida
Preencho tua barriga macia
E costuro tudo com minhas veias e artérias
O meu sangue
Enrubescendo teu rosto
Que bom te ver de novo,
Minha Boneca de Pano
Caio Bio Mello
04/02/2017