Coisas
que tinham, agora, não têm sentido
e
o que eu não desejava tornou-se real.
Pelo
outro caminho eu deveria ter ido
e
sem nunca prestar atenção num sinal.
Deveria
ter tirado de mim o mal,
buscado
o que há em mim de tão reprimido
que
sequer deixa ser eu mesmo e, afinal,
me
devora a carne com um triste ganido.
Teria
tempo de atingir a superfície?
Ou
eu permaneceria no fundo lamaçal
das
coisas de querer dizer, mas nunca ditas?
Não
sei, só pensar em meus erros, passo mal.
Minhas
sensações continuam sempre aflitas
E
eu me afogo naquilo que já nunca disse.
Caio
Bio Mello
11/03/2015