Oh, buraco,
buraco de lama
nobilíssimo
oligarca do chorume
És o
silêncio da barca
a voz que clama
e puxa o
público
num discurso-flama.
Buraco, és
fundo como o silêncio,
derradeiro bastião da escglória
subterfúgica,
do peito a
chama
e da glória, a
juventude.
Tu, que
amas,
e afrontas e lutas,
sabes muito bem
da rouquidão mundana.
Ao pisar em
ti, oh patriarca lamacento,
perco os sapatos,
mas recobro
o juízo.
Porque,
só sujo como tu,
lembro-me
bem da podridão humana.
Caio Bio
Mello
10/07/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário