sábado, 18 de março de 2017

O choro

Lábios, rios
e silêncios não contados
                                   meias palavras em branco.

A ruidez fluida
                        de lágrimas no rosto.

A água e o sal deslizam
            suavemente se unissolvem  
nos vincos das agruras da vida.

O peito oscila encostado ao meu.

O choro.
Não posso contê-lo. Não me pertence,
                        não é desta curva que se origina.

Posso simplesmente abraçar
e esperar pacientemente que termine.

Caio Bio Mello
18/03/2017

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