sábado, 9 de dezembro de 2023

Vulgo

Vejo-te sempre 

Em várias vias da vida. 

Não me vês, porém, 

Ao que a vida te negaste 

A vista. 

Viso-te muito 

Não me vês, por sorte,

Porque se pudesses me avistar 

Vertiginar-te-ia 

Ao ver-me assim 

Varado pela vida,

Vagante 

No silêncio das desventuras. 

Melhor assim:

Mais vale a fábula que vislumbras

Do que a visão que envenena. 


Caio Bio Mello 

25/11/2023

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