A bailarina de pano
Pequena
e bela
de
sutis traçados por fina linha
esvoaçava
em juvenis mãos.
Mas,
num enlaço ríspido,
romperam-lhe
os pontos
da
perna direita.
Atribuíram
a pecha
de
canhestra desfigura cambaleada
e
a enterraram no fundo do armário.
No
rasgo da silensolidão
ela
paciente tateou o escuro
por
séculos e ísolos.
Suas
mãos de algodão
amealharam
estofo, linha e agulha.
Encheu-se
do tecido do mundo
e
se libertou dali dançando para si própria.
Caio
Bio Mello
01/08/2024
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