Retumbar do pulso
Epicêntrico
Argila e agulha
De sístoles e diástoles
Tinta urdindo
Os enredos da história
Orvalho diamante
Nas cerejeiras
O fermento, a fúria
O adubo
Montanhas em toques e passos
De caminhos em fogo e alma
Núcleo de magma
E constelação
O céu e o inferno
E o todo. Sempre.
Caio Bio Mello
08/05/2022
quinta-feira, 22 de setembro de 2022
quinta-feira, 21 de abril de 2022
Pélago
Navega
em teus oceanos
com vento, vela e viço.
Sê fluxo e sol.
Não negues o sabor
que te trazem as
correntes.
A tua gota flutua
como a valente saúva
se remonta no maremoto
do formigueiro.
Não domines ou subjugues.
E nem te deixes arrastar
na vaga
porque o ronco do mar é
fome.
E nunca esqueças
que o segredo recôndito
das águas
chama-se pertencimento.
Caio Bio Mello
15/04/2022
Mare et portum
Liber librorum
Aquece letra pernoitada
In aurei coloris
Aqui cintila o que sinto
Nella mia grafia
Vedo le stelle
E cada letra
Cada-da-dência
Ou densa ou senda
For whom
The story is written
A gota e o oceano
O circo-lar
Por segundos e séculos
In verbis o estar
Eu, servo, sorvo
Augenwörter
Pintando o breu
No entremundado
Do eu.
Caio Bio Mello
09/04/2022
O rio de largas margens
Helicoidal
Agridoce
A foice cóide
Foi-se
Desjugulada
No claro-escuro
Do redemovinho
O turbilhão
Já não mais
Arfa.
Caio Bio Mello
19/11/2021
Agridoce
A foice cóide
Foi-se
Desjugulada
No claro-escuro
Do redemovinho
O turbilhão
Já não mais
Arfa.
Caio Bio Mello
19/11/2021
segunda-feira, 20 de dezembro de 2021
Winter
Within the snow
Frozen in the mist
Your eyes will glow
For eons to list
In silence and woe
From toe to finger
The wind will blow
Upon your linger
Alas,
I told you to flee
But, fool, you did not go
So here we’ll stay
Beholding the flow
As we decay
And
Before you know
We’ll wither away.
Caio Bio Mello
18/12/2021
Valguarda
No dorso
balanço
de pé
estribado
Viajo
no torso
talvez manso
Desredeado penso
que a vida intensa
é égua solta
E que o estribo carrega
mas não destina.
Caio Bio Mello
11/12/2021
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