Não
me peças poesia a esmo.
Meus
versos não são feitos
em
uma linha de produção,
eles
não possuem látex.
Não
esperes que eu tire
da
minha cartola de mágico de festas infantis
um
maravilhoso soneto de rimas ricas
e
conteúdo fantástico.
Não
sou mago, não sou rei.
Sou
humilde poeta, que nasceu
com
uma simples habilidade
de
colocar as palavras uma embaixo da outra.
Se
realmente desejas me ver escrevendo,
se
queres conhecer, de fato, minha pequena contribuição ao mundo,
vem
me visitar. Passa na minha casa para tomarmos uma cerveja
bem
gelada numa bela tarde de domingo.
Dá-me
amor, carinho e boas risadas.
Não
exijo muito, prometo.
Bastam
aqueles bons momentos...
Aquele
sorriso alegre que surge na beira dos lábios.
Então,
regarei nossas lembranças
e
tomarei bastante cuidado para que elas tomem muito sol
e
para que encontrem a melhor terra roxa
que
o meu coração pode dar.
Em
uma semana, um mês, um ano...
Quem
sabe do tempo?
Se
tiveres paciência, se esperares de fato,
talvez
numa tarde de verão ou numa noite de inverno
encontrarás
na porta da tua casa, debaixo do armário,
ou
mesmo na tua mesa no escritório,
os
meus versos bem vestidos. Sorridentes.
Talvez
tímidos, talvez ainda pueris.
Mas
uma coisa eu garanto:
para
mim, serão os versos mais lindos
que
alguém jamais poderia ter me dado.
Caio
Bio Mello
17/02/2014
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