Em meus sonhos vejo nuvens
vejo silêncios e larguras.
Vejo uma extensa moldura branca
com suas esguias colunas romanas.
Eu meus sonhos vejo um pássaro
de longas asas negras
que doma o céu com sua brutalidade.
Eu meus sonhos vejo cordas,
amarras, correntes.
Vejo os ponteiros fuzilando corpos
e separando almas.
Vejo, nesse exato momento,
esses meu sonhos.
E, com um frio na espinha,
percebo que eles me veem a mim.
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