Todos
nós temos pequenas caixas
que
não queremos mostrar a ninguém.
Elas são apertadas,
cabem num bolso de calça
debaixo
da cama
ou
mesmo naquele armário discreto.
Entregamos a elas
horas
e horas e horas e horas de nossas vidas.
Cada
uma tem seu segredo e sua chave.
Entrar
na caixa é fazê-la jaula.
Dar-lhe
alimento é como alimentar a si próprio
com
três quartos de carne e um quarto de metais
que
intoxicam o corpo aos poucos
e
matam depois de anos.
E
as caixas não têm fundo.
Caio
Bio Mello
09/04/2017
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