Para meu sobrinho Arthur
Ensinaste-me
o enorme valor
das
pequenas coisas.
Uma
tarde no piso de madeira
a
construir trilhos em sequência
desimportante
para onde
mas
importante com quem.
És
o melhor em urdir caminhos
e
me mostraste
que
talvez a vida seja mesmo cheia de curvas
sem
que precisemos saber por que.
Quem
me dera ter teus trilhos
tê-los
todos
hoje
para
que eu pudesse montar caminho
até
tua janela
assim
permitir
ouvir
teus conselhos sobre a vida
e
reaprender como se existe.
Mas,
por agora,
sei
que não podemos nos rever.
Então,
guarda teus conselhos com carinho
que
logo já volto e te dou meus ouvidos.
Até
lá, não te esqueças de fechar a porteira
e
de guardar teus trens no fim do dia.
Caio
Bio Mello
01/05/2020
(quarentena)
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