sábado, 13 de setembro de 2014

La canzone del fiume



Dopo tre giorni
io sono ancora qui.

Cosa sono io? Cosa ha per essere?

Dopo la vita, c’é il fiume.
L’acqua è calda,
pero il mio cuore é freddo.

I miei occhi sono perduto.
Oggi, non posso mai vedere.
Sono perduto. Totalmente perduto.

I miei sogni sono
solo ricordi.

Dove siamo? Ah, dove siamo...
Perduti.

Caio Bio Mello
13/09/2014

A descrença mutante



Algo em mim morre
se esvazia
esmorece.

Sinto no meu peito
a imensidão de bibliotecas vazias
músicas surdas
jardins estéreis.

Meu fôlego ofega
meu coração dispara
e meus olhos já não querem mais se abrir.

Sou opaco. Cinza.
Meu corpo se deforma e se desfaz.
Minha personalidade é porosa.

Outra parte em mim cresce
se expande
me domina.

É algo sombrio
que nunca antes vi em minha vida.
É grotesco, disforme.

Crescem veias entupidas de chorume
um ódio preto e denso
que me causa acidentes vasculares.

Já não enxergo bem
não vejo direito.

Não sinto sabores, mas como com voracidade.
Alimento-me como se todas as comidas do mundo
fossem desaparecer nesta madrugada.

Tal antítese dicotômica faz-me manter a mesma aparência
(talvez um pouco mais inchado)
Permaneço sob a mesma pele, o mesmo rosto.

Será que vão perceber que sou um monstro?

Caio Bio Mello
13/09/2014

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Respeito

Nunca subestimes as pessoas.
Cada amor tem suas cores,
Cada vida suas nuanças.

Teu passado guarda
O que teu peito suportou. 
Teu futuro oculta
Sonhos ainda recônditos. 

E, assim, a história 
Se repete pelos séculos.

Estar presente, hoje,
Exige extrema simplicidade 
E imprescindível respeito 
Por tudo que vive.

Não penses que teus trunfos 
São os melhores.
Também não te desesperes,
Pois há sempre sofrimento maior.

Vive tua vida 
E ama como se 
Cada erro fosse um princípio
E cada nova manhã
Fosse uma conquista. 

Saboreia a delicadeza
De viver em contato 
Com tudo o que há
Na harmonia da humildade, 
Pois o amor não se soma:
Só se multiplica. 

Caio Bio Mello
03/09/2014