quinta-feira, 21 de agosto de 2014

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Décima canção de dormir

Meu menino, canta
Hoje para mim de novo 
Que eu quero sonhar 

Caio Bio Mello
14/08/2014

Pleurobséquio



Demônio
puxa em roda
bate volta
depois afoga

Pouco tempo passo solto muito
vago sou
eu vago
vago soul

Os cnidários e celenterados
todos numa eterna orgia de bem-querer
esse amor fraternal
distante dos homens
e não plenamente compreendido pelos animais

No topo do morro já vemos
Morro em cima da existência
no princípio de deixar o mundo

Uma fina ideia doce querer
desejo dos lábios rachados
 - o que é a verdade senão nós mesmos
nus no espelho?

Soltos, perdidos, acochambrados
Porque arredondamo-nos

Perdeste as quinas, menino
Eis as beiras manicômicas
Irrisórias meninas aquém do esperado

Sonhos adolescentes fazem bem as cabelos grisalhos
Um silêncio novo e pouco
O barulho muito do pouto peito pouto neito louco

Não há mais necessidade
Eis a conta do banco: números congelados
Enquanto na rua o seu sorvete se dissolve

Por que não aproveita? Mas está muito ocupado
Preso demais
Tentando arfar pelas guelras

Pseudocaixatorácica de peito vazia
Não adianta: jamais baterá
aquilo que você um dia
tentou chamar de coração

Na realidade batem as pedras
TUM TUM TUM TUM
Pedras e pedros pedram todos juntos
Nesse melidre destravado
No trote do mundo sem troco

Ei-lo: com o chapéu do frevo na mão
Agoramente alcançando o Firmamento
Vamos sorrir
Pois é hora de sorrir

Caio Bio Mello
14/08/2014

Destilando a vida



Ser é fato
Não me conta quem é você
Me mostra num ato

Caio Bio Mello
14/08/2014

Soneto do amor macio



Para conhecer o jogo de cores
Nós vamos visitar o paraíso
Nos arremessar no gelado piso
Em múltiplos, gigantescos amores

Amo-te: não me importa o que tu fores
Serás o meu lado macio e liso
De noite, tuas curvas analiso
Lá na rua, não ouço nem rumores

De um amor tão grande como esse o nosso
Eterno carrossel de luzes fortes
Esfumaçando nossos grandes portes

Hoje de tudo – de tudo hoje eu posso!
Sou a galáxia, sou todo o universo
Sou um bebê nos teus braços imerso

Caio Bio Mello
14/08/2014

quarta-feira, 13 de agosto de 2014