Demônio
puxa
em roda
bate
volta
depois
afoga
Pouco
tempo passo solto muito
vago
sou
eu
vago
vago soul
Os
cnidários e celenterados
todos
numa eterna orgia de bem-querer
esse
amor fraternal
distante
dos homens
e
não plenamente compreendido pelos animais
No
topo do morro já vemos
Morro
em cima da existência
no
princípio de deixar o mundo
Uma
fina ideia doce querer
desejo
dos lábios rachados
- o que é a verdade senão nós mesmos
nus
no espelho?
Soltos,
perdidos, acochambrados
Porque
arredondamo-nos
Perdeste
as quinas, menino
Eis
as beiras manicômicas
Irrisórias
meninas aquém do esperado
Sonhos
adolescentes fazem bem as cabelos grisalhos
Um
silêncio novo e pouco
O
barulho muito do pouto peito pouto neito louco
Não
há mais necessidade
Eis
a conta do banco: números congelados
Enquanto
na rua o seu sorvete se dissolve
Por
que não aproveita? Mas está muito ocupado
Preso
demais
Tentando
arfar pelas guelras
Pseudocaixatorácica
de peito vazia
Não
adianta: jamais baterá
aquilo
que você um dia
tentou
chamar de coração
Na
realidade batem as pedras
TUM
TUM TUM TUM
Pedras
e pedros pedram todos juntos
Nesse
melidre destravado
No
trote do mundo sem troco
Ei-lo:
com o chapéu do frevo na mão
Agoramente
alcançando o Firmamento
Vamos
sorrir
Pois
é hora de sorrir
Caio
Bio Mello
14/08/2014
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