sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Testemunho

Naquele momento, senti-me inspirado. O meu pensamento foi a todo lado. Viram-me cometas; viveram estrelas: com minha caneta eu consegui vê-las. Foi num forte jogo que criei as cores, vivas como fogo, com nome de flores. Infinito tudo, eu com deslimites soprava mais mundo num detalhe friste. E pom pom pom Terra. E pom pom pom mar. A carne que berra brotando no ar. Pouco e muito e nada! Ver doce azul. Cor pouca em cada, assim de norte a sul. E vush no vento. Um doce se toca. Parece acalento, amor que se frisa numa brisa leve de um sentir rebento nesse tocar breve. Ah! A simples vida. A mim, tão complexa. Em sequer querida, viva desconexa... Se, ao menos, soubessem. Mas eu fiz assim: erros vezes cem a nunca ter fim. Se fosse perfeito? Perderia a graça. Fazer grande feito qualquer um que faça. Eu sei que fiz mais. Eu fui além muito. São sentimentais acertos fortuitos. Ah, saudoso tempo presente que me arde o peito. Nostalgia de criar, construir novos sonhos enquanto ainda os crio hoje. Esses pequenos com sonhos tão grandes... Sonham como o pai. Sonham com o inatingível. E desejam com vontade. O caminho trilhado que ainda desbravo hoje. Sei que vou ter saudades do que eu nunca tive. Que coisa linda.

Caio Mello
17/02/2011

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