Hoje eu tive pesadelos
que domaram o meu sonho.
O carro, esse veículo
de metal e mais tristezas,
cruzava a rua sombria
numa agressiva corrida
atrás de uma vilã moto.
No auto, o mais belo de mim,
a família reunida.
Todavia, nessa noite,
era o medo que imperava.
Era só um sem-caminho,
sem futuro nem passado.
O quadrúpede pesado
encontra a bípede moto
e num rápido segundo
são dois metais colidindo
em pressa, medo e suor.
Eu, caído em meio à rua,
atordoado vi assalto.
Carro-cadeira-de-rodas
estava bem mais pequeno.
Motoqueiro ensandecido
atirava em meu pai.
Eu não via se acertava;
se errava nem eu desvia.
Um nuvem, então, gigante.
tomou toda aquela cena.
Acordei de madrugada
com os olhos bem abertos
e tudo ficou calado.
O que dizer nessas horas?
Eu disse vai escrever.
Eu, depois, me levantei
e fiquei na escuridão,
tentando encontrar motivo.
Mas não encontrei a lógica
que me dissesse por que
eu sonho tanto acordado
e vivo tanto dormindo.
Caio Bio Mello
30/06/2013
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