O
Homem de Fogo caminha
Pra
trás de carvão pegada
Deixa
o rastro de sua linha
No
andar no meio do nada
Mito
não tem sentimento
Mas
do dito ninguém sabe
O
dizer é só dizmento
Certo
o nunca de verdade
O
Homem de Fogo aparece
Num
repente de tristeza
Nem
rezar nenhuma prece
Pois
só na morte há certeza
Homem
certo do viver
Olhos
por cima dos muros
Tanto
tempo para ser
Olhos
muito, muito duros
Dar
a mão é cicatriz
Da
vingança ninguém corre
Escapar
nem por um triz
Menos
dia tudo morre
Enterrado
sai da terra
Desmortado
vem à vida
Sua
arma quando berra
É
passagem só de ida
Bichofera
sem limite
Deixa
ferro marca viva
Sempre
vem sem nem convite
Na
chegada não festiva
Há
quem diga, na verdade,
Que
o armado se perdeu
Já
faz tempo na cidade
Lá
o seu amor morreu
E
desde então seu corpo arde
Mata
mesmo sem rancor
Mas
agora já é tarde
Na
vã busca sem amor
Caio
Bio Mello
16/03/2014
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