Eis
o poema recôndito
com
suas dobras, redemoinhos e voltas.
De
perto, já não é quase nada.
De
longe, uma silhueta ao luar.
Poeminha
pouco,
grito
rouco
de
peito louco.
Pobres
versos claudicantes
mancos
da perna
e
cegos dos olhos.
Pequenas
palavras
que
debilmente
se
livram do que há
de
humanidade em mim.
Este
poeminha parco
que
assim do tão nada
de
tudo que se queira
já
veio ensanguentado
(qual
sangue da mão ou
da
berne embalada a vácuo).
Poeta
que se queira
se
sabe pelo desejo
pelo
vício imbuído na alma
nunca
por egoísmo
ou
simples vaidade.
Então,
kleines Gedicht,
não
te desrespeito.
Há
falta de mim em minha carne
é
isso que se perde no todo.
Por
isso te desejo tão bem.
Essa
tua ausência de literatura
que
seja digna de análise dos mais
consagrados
críticos
me
dá um orgulho absurdo de ti.
Porque
és errado feito teu pai.
Torto
por dentro,
alma
vergada pela vida e pelo vício
na
desvairada ideia de seguir vagando
pelo
que deveria existir de real.
Te
admiro, meu petit poème.
Caio
Bio Mello
24/07/2014
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