“Mas a terra dada
não se abre a boca”
(Morte e Vida
Severina)
Ei-lo,
em mim, o meu sepulcro belo
que
me protege tal qual um castelo
Tê-lo
perto, fundo, me faz um elo
entre
este mundo e outro paralelo
Vida
e morte num eterno duelo
o
pó da carne, moído farelo
A
nesga que com tanto zelo eu zelo
que
guardo em armário, quase amarelo
Algo
que rasga, rosna, sangra e fere
que
se marca do pesado flagelo
Que
veda o Bio e também veda o Mello
Não
é libélula, mas é libelo,
o
rosto que todo dia revelo:
o
envolto sepulcro da minha pele.
Caio
Bio Mello
12/02/2016
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