Eu
te carrego,
dormes
tranquilo.
Teu
prateado
ao vento.
Sonhamos
tua voz
mil palavras
num
sorriso.
Eu
vejo teus olhos
que tocam a terra.
Estás
num sonho
com a
imensidão das lúcidas estrelas
que
nos atingem.
Vem
a noite e me segredo.
Enraíza-te.
Sinto
o cheiro serenado da memória,
sol, almoço de domingo.
Encolho-me
o
dia.
Raios de árvore.
Galhos-luz.
És
tronco e folhas.
Sou
criança e ouço tua seiva.
Aflora-te, primavero.
Lacrimejo
tuas raízes,
o
sumo que partilhamos.
Eis
que frutificam
os
bem-te-vis
que
desabrocham
agora
sei de onde vêm
e
os tenho livres
em
nosso jardim.
Caio
Bio Mello
15/08/2016
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