sexta-feira, 8 de julho de 2011

O céu à noite de liberdade

De repente, eu era imensidão.
Um traço forte cortando o céu
numa quinta-feira à noite.

A liberdade em raios fortes
cruzando o infinito
com um silvo doce
de sentimento potente.

Eu era grande. Era tudo. E adorava ser. A Lua assim ali de olhos bem abertos. E meu coração era um raio enorme que riscava o horizonte gritando seu trovão com um som retumbante. Eu era uma nuvenzinha discreta que fazia chover sozinha ali no canto, meio cinza demais ela. Mas ninguém ligava. Entao eu era

o tufão.
Soprava, ventava muito.

Eu soprava a noite toda
Revirava os lençóis
Esquentava os passantes
Eu loucava os transeuntes!

E depois eu era o mar
Uma onda passageira
Um sopro no seu ouvido
Na calada do que nunca se cala. E eu era mais. Era muito. Era assim assim sim sim sendo sibilo suave entrecortante metade do meio que já nada e era muito muito mais muitomesmodeseperderdevista e já não sabia mais.......... ser.

Ser era complicado.
Desconexo.
Incoeso.
A incerteza de um homem
à beira da libertação.

Abrir a porta de uma vez só
correr os dedos
ali era tão quente
ainda foi e será

Em maio abril a vida continua passa boi passa gente um monte de momentos entos em nós lentos como foi como deve sersin sernão serdevez inquan passa mais de uma vez aquele caminho sem volta de um puxa e trás que não tem fim. Mas não era pra ter.

E se fez silêncio da tempestade.
Ímpeto glorioso sorridente.
A liberdade que não vem da mente:
vem do que não se chama mais idade.

Raízes cruzavam céu com leveza
Os pássaros cruzavam como luz
Simples possibilidades certeza
esses corpos simples, doces e nus.

Harmonia-som num só desenlace;
pensar “que esse momento não se passe”.
Amar-noite. Como não percebê-las?

Então céu foi se tornando o meu leito
E eu descansava com as estrelas.
O meu momento chamava perfeito.

Caio Mello
08/07/2011

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