A poesia existe dentro de cada um de nós.
Escondida, tranquila, maravilhada.
Ela é um floco de neve que cai do céu da nossa alma
e se junta aos outros flocos sentimentos do corpo,
formando nossa montanha.
A poesia não precisa necessariamente se manifestar
através de palavras dentro de cada pessoa.
Ela está num traço, num gesto,
na dedicação, no desejo.
A poesia não existe e nunca vai existir.
Ela não é concreta, nem concreto, nem asfalto.
Ela é o vento que toca nosso rosto,
mas nunca podemos adivinhá-lo.
O vento existe tal como a poesia.
Num estado suave, de velocidade e mudança,
na graça de atingir a existência humana
em níveis diferenciados.
A poesia escorre de nossos olhos em
pequenas gotas de orvalho
que rolam em nossa face,
montando seus versos.
O pranto vertido é também poesia.
Assim como os coraçõs que batem
e as vistas que se cruzam.
É a parada do trem das onze.
A poesia é tudo dentro de nós.
Estilhaçada em um milhão de pedaços
que correm serenos por nossas veias,
receosos de um dia encontrarem libertação.
Caio Mello
19/01/2013
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