Seu
corpo frio
na
mais alta montanha do mais alto [eu] morro
esmaece
contra a imensidão.
O
que sobrou de ti homem,
além
da solidão?
Uma
lástima, um touro, um paquiderme?
Sobraram-te
parcos versos
inserenos,
débeis como a lua minguante.
És
ninguém. Não serás ninguém.
Estás
preso num quarto, escuro e gelado,
enquanto
bailam teus olhos
na
mais perfeita tradução do nada.
Estás
só. Não há ninguém,
objurgou-te
a mais completa obliteração.
Ouves?
Consegues ouvir?
É
o silêncio, invadindo o (in)cômodo
com
suas águas de veneno.
Exatamente
isso que ouvirás
in saecula saeculorum
enquanto
te abafas e estás impedido de dormir.
Caio
Torres
16/06/2015
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