sábado, 15 de agosto de 2015

Por que não durmo (ou O Soneto Noturno)

Começo a achar que eu vi um movimento...
Será real? Ou só coisa que penso?
Não sei, mas eu começo a ficar tenso. 
Sei que vi, nem que for por um momento!

No escuro, tudo fica tão imenso.
Já em outra coisa pensar eu tento,
mas o olho não deixa de ser atento 
a ver a loucura à qual é propenso. 

Eu vi. Eu vi. Tenho toda certeza.
Algo escuro, no canto do meu quarto,
se mexia com bizarro vagar. 

De primeira, correndo quase parto...
Mas depois eu começo a reparar
que ali vejo a morte em sua pureza. 

Caio Bio Mello
14/08/2015

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