segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Os meus castelos de papel

O meus castelos de papel...
São meus e os construo 
pela imensidão de mim.

Os meus grandes (pequenos) sonhos
erguem-se em pleno ar
num presto voo alçado
com páginas recém-dobradas. 

A celulose erigida 
tal qual cimento ou aço,
ereta em pose de indivíduo. 
(num poço fundo, há boatos de demônios)

(Eu)dificações 
que toleram severo inverno,
que sustentam toneladas,
que podem sobreviver aos séculos,
mas que lhes basta um único sopro
(gélido e calculista)
para que caiam ao chão,
de papel a castelo
e de castelo em pauperopel.

Caio Bio Mello
06/09/2015

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