sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Não

Não escreverei aquela mesma poesia.
Aquelas mesmas palavras,
antíteses clichês e
metáforas hiperbólicas.

Não dexarei que minhas palavras
caiam na mesmice!
Antes a loucura do sonho
do que a repetição da qualidade.

Ao se repetir um padrão,
perde-se o brilho do novo.
Antes errar experimentando
do que redundar nos mesmos versos.

Também não darei ouvido
a certas palavras que são,
dentro de mim, mais fortes
que as outras. O lirismo deve ser igual para todas.

Não revisitarei sentimentos antigos,
pois já foram escritos.
A poesia do passado não deve
residir na tinta ainda não gasta.

Não passarei horas a rever quem sou.
A melhor poesia está na gente, nas ruas,
no Amor maior, não no amor
que se tem por uma pessoa.

Não perguntarei para todos
se minha poesia é boa.
Boa ou ruim, ela existe.
(buscarei a poesia)

Antes o inverso do que o usual.
Antes a vida do que o intelecto.
Dentro a poesia de tudo.

Caio Mello
11/04/2009

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