Estou louco de fato.
Estou
nu no
meio do mato.
Se me
pegarem assim? Eu juro que mato.
Não se
pode invadir a vida de um homem no meio do ato.
Foi-se o tempo no qual a vida fazia sentido.
O nexo... Que nexo? Tal rancor de peito aberto.
O velho. Ele estava certo!
Ele me dizia que eu nunca devia ter nascido.
Ninguém
faria o
que faço,
nem se
estivessem sozinhos no espaço.
Afinal,
eu sou o ilustre
palhaço
pintado
de rosa, ambulante
estardalhaço.
Eis um homem que nunca soube deixar a infância,
que nunca soube medir seus passos...
Está imerso na eterna ignorância,
vivendo o dia a dia num nó de laço.
Nufóbico
raquítico recém-desnudo
o
corpo branco e parco
relucinantenógeno
abasgatrusbeno
Mas calma... Eu nunca conheci um louco de perto. Loucaria
ele assim reflexivamente? Ou seria a insanidade um estado tão profundo da alma
que o louco não se saberia maluco? Os loucos são loucos e não o sabem:
pensam-se sãos.
É...
Estou são de novo.
Caio Mello
26/03/2013
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