Eu sinto meu amor inteiro de uma só vez.
Sinto meu amor por todos.
O sentimento me inunda
e permanece.
Sinto os amores passados
conectados com os corpos já no túmulo.
(os mortos que andam e os vivos que mortam)
Amo também o futuro,
a semente vindoura do que desconheço.
Amo o que não sei.
Além disso: amo o que sinto no amanhã.
E toda a vida monta-se, liquefeita,
perante meus olhos.
Ela é extensa, infindável.
A existência é maravilhosa.
Meu amor se multiplica, cria raízes.
Ele dobra, metamorfoseia-se.
Além de meus olhos,
ama também este coração de poeta.
A paixão de todos num só âmago,
várias paixões conexas e entrelaçadas.
Um amor sem barreiras, sem preconceitos.
O sentimento mais puro que já me perfurou o peito.
Não é um amor abstrato.
São inúmeros amores concretos que, somados,
levam-me à sublimação de mim mesmo.
Eu amo. Amo tudo e todos.
Amor
como jamais saberei
amar em minha vida.
Caio Mello
12/03/2013
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