O poeta demente.
O poeta errado.
O poeta putamerdaquerrogrotescto.
Falta de nexo, falta de sentido,
perda de coesão. De coração!
O silêncio bizarro
de uma mente retardada
com sabores amargos.
Uma falta de noção
gigantesca
com o mundo inteiro.
Versos malditos.
Malconstruídos.
Desdentados, caídos, combalidos.
A destruição do belo, do justo e
da maravilha central do mundo.
A cegueira noturna.
A cegueira diurna.
A cegueira diuturna.
Uma bosta.
Simplesmente um enorme
monte de esterco
fétido e humilhante.
O silêncio. Um só. Inteiro.
De roer os ossos, apagar os olhos
e afrouxar a carne.
É loucura, só pode ser.
A vista não se fecha. Aberta.
À noite, na imensidão perdida.
A vida inteira sem um
único significado.
Errante, incompleto,
indizível.
Debilitado mental.
E que se fodam os
provérbios, os verbos, os desvérbios,
os decassílabos, a
pentatônica,
a peruca e a pia
antiga.
O homem,
resignado
prostrado
fraco
só
.
Caio Bio Mello
30/08/2013
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