Desprendo-me aos poucos
Despeço-me de mim
Desdenho de meus restos
Descambo à solidão e ao fracasso
Denego minha capacidade
Desrespeito tudo o que construí
Destruo o que me era de mais valioso
Desacredito de meus versos, minha razão de viver
Desperdiço o dom que me foi concedido
Desaprendo as melhores lições que me foram passadas
Derreio meu próprio corpo
Desvivo no chão da rua imunda
Debruço-me sobre minha loucura, no afã de encontrar uma solução
Deploro a mim mesmo
Degluto os meus pesadelos
Desapareço, finalmente, do mundo sem deixar rastros.
Caio Bio Mello
11/12/13
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