segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Balada da praia ensolarada

Um dia na praia
O sol resplandece
O mar é sereno
A areia está quente
As ondas tão calmas
As nuvens tão fofas
Gaivotas no vento
E uma brisa doce.
Garotas bonitas
De corpos morenos
Nadando no mar
Têm rostos talhados
De traços suaves
Obras primas da
Natureza mãe
Todas essas moças
Que estão hoje na
Praia sem preocupas.
Mal sabem os homens da
Verdadeira vocação
Inerente à alma do
Bucolismo em demasia.
Pois os olhos não têm força
Para ver o que se passa
Por dentro da casca esfinge.
Decifra-me ou te devoro
Devoro-te pois sou homem
Humanizo pois há carne
E a carne merece sangue.
E somos todos mulheres
Gostosos por fora e mestres
Por dentro, no fundo d’alma.
Arquétipos da loucura
Cineastas da loucura
Introspectos da loucura
Correndo vagas do mar
Banhando-nos no sol forte
Fazendo vermelha a água
Que era antes tão translúcida.
Garotas tão lindas
De garras e dentes
De urras e dores
De sombra e de fúria.
A areia tão fria
De grãos circunspectos
E monstros ocultos
Não zela em guardar
Segredos infames
Que os homens estúpidos
Cínicos, ocultam.
É o cheiro de enxofre,
podridão na vida
deixando suas marcas
como se pegadas
dum pé tão saudável.
Os montes são túmulo;
A arrebentação
Ali morre e finda
Qualquer devaneio.
Que nadem as moças
De saúde muita!
Mas vale lembrar:
Bucolismo em demasia
É o enigma da esfinge.

17/10/09

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