domingo, 22 de maio de 2011

A Bola

A bola.
Tão bonita.
Rolando suave
pelo chão branco.

A bola possui linhas pretas
que cortam seu corpo
como se fossem meridianos
dividindo o mundo.

E cada parte segmentada pelas linhas pretas
tem uma cor diferente.
São várias cores. Girando a bola devagar
parece que são infinitas cores.

Vermelho, amarelo, azulo, verde...
Só o preto que só pode ficar nas linhas.
Muito preto numa bola só
fica muito triste.

A bola possui um bico de borracha
que serve para encher.
Ele só abre quando o enchedor
é colocado nele.

Se cheia demais, a bola machuca.
Se vazia demais, a bola desanima.
Tudo na vida possui um termo ideal,
in medio virtus.

A bola faz um barulho peculiar
quando bate no chão e volta pra cima.
Parece alguém batendo palma
num lugar com muito eco e com paredes de aço.

A bola anima as pessoas.
Principalmente as crianças.
Irrita muito os vizinhos,
se os pequenos morarem num apartamento.

Ela tem muito medo de cachorros.
Cães são loucos por bolas.
Mas a recíproca não é verdadeira.
Lidar com um cão é morte na certa.

A bola, quando nova, tem cheiro de tinta.
Depois de um tempo, fica com mais cheiro de borracha.
Se ficar muito tempo no armário, fica com cheiro de velha.
Se for muito usada, vai continuar com cheiro de borracha.

Bola quando fura esvazia rápido.
É preciso colocar o ouvido bem próximo do corpo dela
e apertá-la com força para fazer o ar sair mais rápido
para que se possa descobrir onde está o furo.

Alguns furos têm solução.
Basta apenas colocar alguma fita tipo silvertape.
O Superbonder parece que não aguenta
a todos os pulos que a bola dá.

A bola de borracha aguenta bem na água.
Bem mais do que as bolas de vôlei.
Boiam muito,
mas esquentam no sol.

Bolas coloridas são uma ótima diversão para o fim de semana.

Caio Mello
22/05/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário