Era uma aquele homem grande mentira
bem contada entre olhos, bocas e dentes.
Com as falsas frases inteligentes
ditas em falsos momentos de ira.
E sorriam... todos!
Podiam dizer
sem saber do engodo
lhes que era um prazer
ouvir o bonobo.
Vestia terno e cara de imbecil
e mil fazia gestos sem sentido.
Mas nunca fora do palco banido
por bem saber de cor discursos mil.
Pois bem, quem proibir vai
de falar um eloquente?
O público se distrai
assim que fala o demente
no seu somar que subtrai.
Só um conselho a dar ao charlatão:
melhor não dar nos dentes com a língua,
pois a palavra vive bem à míngua,
mas morre mal no discurso escabrão.
Caio Bio Mello
22/01/2014
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