Mundo meu
mundo de vidas
esse
tal mundo feio
meio berro, meio surdo
mundo
insustentável
Um terço mudo sem
o devido léxico
mundo meu
(será que
alguém percebeu?)
Meu
mundo em tristes ruínas
o defunto asqueroso depois do túmulo
mundo meu
dele só quem sabe sou eu
mundo cão terra eu
sobrado
do acaso
uma
esquina qualquer na tempestade
mundo meu
coberto
por raios e presente nas noites de madrugada
a tormenta dentro de uma única alma
daquilo que logo pereceu
ao simples atingir no mundo
já
a primeira lágrima
verteu-se castelo dos loucos
Meu
mundo
estupidamente
profundo
sem
grandes festas
nem grandes alegrias
mundo
meu
tão quieto e pouco e só
Mundo
meu!
O
que se perdeu e se perde e se debate
no mundo
meu não tem ninguém
mundo
egocêntrico
narcisista (pobre
ilusão)
mundo eu
não
doeu, mundo
meu
que
não se rompa, nem se fure, nem se venda o
meu mundo.
Caio Bio Mello
15/01/2014
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