O coração é um trem
alimentado a carvão.
Possante no seu bater de trilhos
e quente em seu motor.
As veias, por dentro,
procriam aranhas.
Teias entopem meus pensamentos.
O corpo treme num estado
pós-maratona.
O inverno sem fim perfura as paredes
e se deita nas cobertas.
A boca de um vulcão é a garganta.
(nenhuma palavra será dita)
O tempo é rídiculo, descoeso
e sem qualquer limites.
O descanso é sagrado.
Caio Mello
28/05/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário