Busca-me.
Arranca-me de mim.
Vem, cuida de meu coração
como só você sempre soube fazer.
Tira-me desse mundo escuro
que não sabe mais sorrir nem fazer piadas.
Salva-me do frio e da solidão.
Eu imploro: não me deixes jamais
parar de sonhar.
Perdoa se errei. Sou humano.
Às vezes eu me esqueço, é verdade.
De vez em quando, confesso,
eu vejo só asfalto e mágoas.
Entenda que meu corpo padece.
Meus olhos cinza deixam de refletir a vida
e então... Fraquejo.
Tenho medo, Poesia, muito medo.
Uma angústia que me corrói a alma
e me seca a boca.
E, quando me afogo em medo,
lembro que sou um monstro.
Então meus versos se calam, meus olhos se fecham
e o universo faz silêncio.
Admito que sou fraco.
Por isso, Poesia, imploro para que sejas paciente.
Entende teu poeta. Ama-o.
Aqueles que escrevem o fazem por incompletude.
Nesta madrugada, contigo, estarei iluminado.
Mais uma vez feliz e novamente confiante.
Minha alma se inspira em ti, Poesia.
Vem, cuida de mim hoje à noite.
Caio Mello
23/05/2013
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