Lá vai ele correndo
pelo mundo
dando pegadas do
maciço corpo.
Sempre dentro de seu
metal absorto,
deixando cinza seu
olhar profundo.
Dentro do metal duro,
frio e morto
já disseram ver
coração fecundo.
Haveria sentimento de
chumbo
que pudesse trazer
algum conforto?
Já negaram o seu lado
do afeto
ao julgar que, com
metal, nunca se ama.
Não haveria nele
qualquer flama.
Mas o homem de chumbo
não é objeto.
Ama mais que a esnobe
gente pretensa,
pois o chumbo é mais
tenro que se pensa.
Caio Bio Mello
10/11/2013
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