Por
que me buscas, bailarina?
Por
que voltas em meus sonhos?
Teu
corpo suave e delicado de um ser tão pequeno...
Tu
não és uma pessoa, é mero brinquedo.
A
alegria de uma menina ainda nova.
E,
ainda assim, ganhas a imensidão de minha mente.
Vejo
tuas mãos fazendo graciosos movimentos pelo ar
em
gestos que amansam o mundo.
O
seu vestido branco brilha na luz.
Não
és dançarina. Mais que isso, muito mais.
És
a bailarina, a pequena de meus sonhos.
És
a transformação do mundo, o encontro do universo,
num
ser que existe sem ser pessoa.
És
a existência mais profunda de mim mesmo,
meu
lado tenro, meu lado mais humano.
E
me peito estafado alegra-se com a tua graciosidade.
És
batalhadora. Não vês limites.
Possuis
a incrível capacidade de enfrentar este mundo duro
e
dar a ele a delicadeza de que precisamos.
És
a solução para as lágrimas, o desfecho da solidão
e
o princípio do espírito.
Então,
bailarina, seja bem-vinda.
Deixa-me,
por ora, sonhar como sonham os deuses.
E
amanhã, nem sequer me importo de raiar ou não o dia.
Caio
Bio Mello
10/05/2014
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