É como a noite
Um silêncio errado da mente
Um dia perdido
(Quem sabe?)
Ao se reencontrar o menino
Em meio à névoa
E à audácia
Pelos cantos - perambulante! -
Mero descuido de nós
Novamente, a névoa
E as sombras sem pés
Nem mãos
Nem membros
Apenas vultos descoesos
Empouquinhando esse muito
Um monte de terra
Entre as janelas de vídeo
Numa madrugada serena
(Mas o tal é granizo)
Sem ruídos, os corpos deslizam,
Devoram, deglutem
Sem rumores nem destinos
Como se tudo pudesse estar ali
Num pequeno silêncio
Nesse minúsculo segundo
Num farfalhar borbolético
E no canto da boca
Resta a canção
Como também andam
Os rumores de que ainda chove
Caio Bio Mello
18/05/2014
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