sábado, 31 de maio de 2014

Soneto dos roedores workaholics



Alguns ainda veem a luz do dia.
Outros, os mais dedicados e insanos,
trabalham também pela noite fria
sempre andando pelos tubos e canos.

Do semblante até Deus duvidaria:
dentes pontiagudos, brancos, profanos
e um esguio nariz serve de guia
do norte do roedor cartesiano.

Presos, eternos reféns da labuta.
Sempre mais consumindo e devorando
sem nunca nem mesmo olhar para trás.

Noite após noite, seguem se enganando...
Nunca verão a verdadeira luta.
Ao fazer o tanto, o nada se faz!

Caio Bio Mello
31/05/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário