Vai a formiga
nesse novo raiar
encimando o morro
ensinando o mundo.
Seis pernas pequenas
sem descanso
nem direito a pileque
no final do expediente.
Vai a seis patas e todo vapor
dispensando olhos para ver o mundo
por saber de onde vem
e para onde tudo vai.
Tal destino conhecido
no velho roer de folhas
dobrar os gastos
e dividir o alimento.
A formiga-funcional
formoamigacoletiva
em seu cotidiano de filas
e fileiras e mercadorias.
No seu caminhar comedido
sem pressa para o metrô
nem atraso para as festas.
No pulsar de seus líquidos
desrubrados
não se preocupa em viver
tampouco não teme a morte.
A formiga não teme
a forma não racha
a força não falha
a formiga não duvida.
Caio Bio Mello
12/05/2014
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