Desejo que este meu poema
perfure o concreto
atrevesse a carne
e encontre a alma.
Ainda que breve e frágil,
quero que encontre a carne,
a alma e a imensidão.
Que seja mais um eco
ao cair gotejante
como a garoa fina
e errático como os automóveis.
Pois o lirismo se esconde
para além das rimas,
muito depois da métrica:
permanece recôndito
em nossos próprios corações.
Caio Bio Mello
25/05/2014
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