Ela
colecionava seus canudos
atrás
da casa num vermelho armário.
Guardados,
eram favas de apiário,
na
lógica de tal sonho absurdo.
Enorme
coleção sem conteúdo
que
ela admirava: lindo cenário!
Encontrava-os
em qualquer horário
sem
nada com eles fazer, contudo.
Passou
anos (décadas) nessa busca
para
encher o armário até o seu teto.
Já
velha, era feliz da coleção.
Mas
morreu sem ver um filho, nem neto,
e,
moribunda, teve a conclusão
de
que a vida por tão pouco se ofusca.
Caio
Bio Mello
06/12/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário