Como
um silêncio
que esmorece
se
desmemora
cresce renasce
(a)bru(p)to
translucidez
eu corr(upt)o
remoenda
nascimento
saudades
do menino tão lindo
que ainda nem conheci
rebento sereno tal gota de chuva
Amar
tanto sem conhecer?
Esse metassentimento que
atravessa
perpassa
superior a mim
que sou e ressou novosser
(nem o impede o Oceano)
Salvaste
a teu tio ao vir ao mundo
Teus olhos tão profundos
São maiores
que tudo
Que
devoram e se deliciam
Assim macio e doce
És
a Persogaláxia que procurei produzir
em panalegorias (todas encatômbicas)
Eu
não soube descrever não soube escrever não soube ver
e tu, pequeno, nasceste perfeito
nessa facilidade
fascinante
de
ser.
Enlaçou-me
– deu risos aos meus lábios
pueroliberto, levitado e preenchido
Meu
Deus, meu Deus, que olhos são esses?
Pequenos e
novos,
mas
parecem saber do mundo há séculos
e
séculos e séculos esséculos esséculs
num doce e simples tocar
com
seus dedos de menino.
Caio
Bio Mello
14/12/2015
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