Joga
seus pés (tênis) num leve caminhar
(cedo)
os raios banham a rua
assim
no sol de sábado
um
suave salvo balanço.
Cheiro
das cores da rua
vem
subindo pela veia
a
nobre e gigante aldeia
que
do concreto flutua.
Sim.
O
balanço cor-de-lua
(o
moonwalk de um escritório)
nas
veredas dessa teia,
ali,
quem vê se norteia:
o
balanço continua.
Sobe
desce dos morros, sorve sorvete,
Sampa
(sempre) Sampa.
A
pele que se tatua
a
nobre sem mar sereia
que
se sabe sem areia
a
Sampa também cultua.
Um
homem sem palco atua
lirismo
dos clowns tapeia
faz
a arte volta-e-meia
e
sem palco conceitua.
Nesse
sussurro do asfalto (quente)
silvos
sirenes bombeiros artesãos.
Essa
rua, toda nua,
aos
domingos pagodeia
do
café até a ceia
pauliceia
perpetua.
Moça
sentada nessa esquina (cordas e acordes)
solta
sons serve sossegos.
A
cidade que vagueia...
Sem
saber, eu sempre amei-a.
Minha
única e santa
Sampa
(sempre) Sampa.
Caio
Bio mello
24/01/2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário