domingo, 10 de janeiro de 2016

Coragem

É necessário apurar a vida.
Precisamos limpar a aquilo que é ruim,
como se tirássemos a lama de nossos corpos.

Manter os olhos abertos
para ver o que nos segura.
Só nós sabemos aquilo que nos limita,
aquilo que nos impede.

Vamos seguir o rumo,
amansando nossas quinas
e aparando nossos espinhos.

A estagnação é uma amarra intelectual.
Temos que ser exigentes, corajosos.
O mundo já está farto de falhas e lágrimas.

Todo novo começo (reprincipio)
exige um nascimento.
Se for necessário, ajoelhe, chore
e cerre os punhos. Depois, levante.

Levante e continue. Respire fundo.
Ninguém nasceu desprovido de dor
e preenchido de heroísmo.

Cada um tem sua luta diária,
seus medos e suas limitações.
Todos nós sofremos, nossos corpos sofrem.

Mas a vitória nasce da perseverança.
Da continuidade. Nós sabemos quais são os nossos sonhos,
temos certeza do alcance deles.
Temos nossos desejos preenchidos dentro do peito.

As conquistas não se fazem sozinhas.
Elas vêm da reinvenção – da evolução.

E, se não houver evolução: revolução.

O sonho deve preencher um espaço da alma
a cada noite de pouco sono, a cada dia cansativo,
a cada desejo de desistir.

Nós já nascemos com o “não” tatuado no corpo.
Se formos fracos, temos a certeza da resposta.
Então, qual o problema de tentar? Uma negativa já recebemos.
Nada acontece por acaso.
Nenhuma lenda se cria no silêncio.

A grandiosidade se cria na insistência,
na coragem, na contestação, nos músculos,
no suor e nas lágrimas.

Se for preciso sofreremos. Se for necessário,
o corpo e a alma vão se arranhar.
Esse é o alimento para a superação.
A raiva desenvolve o corpo. A dor apura a vida.
A paixão e a alegria somente se tornam plenos
quando são contrastados pela solidão e pela tristeza.

E nossos sonhos, delicados e significantes,
poderão aflorar em nossos poros.
A coragem tem um cheiro doce. Ela atrai.
Podemos farejar os corajosos de longe.

E, assim, nosso caminho será nossa profissão.
A imensidão. A vida plena de quem se sabe completo,
se sabe forte – de mente, corpo e alma.

Venceremos.

Caio Bio Mello
10/01/2016

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