Sou tua pergunta.
A questão a te devorar por dentro,
que te corrói a carne desde cedo.
Indagação profanadora
de corpos.
Ilogismo descabido no mundo dos olhos.
Um perfume maravilhoso
de mil cheiros
que te lembram meras vontades.
A equação complexa
que tenta solucionar a incógnita
sem nunca te dar a resposta.
O grito em teu ouvido
que te berra teu desdesejo
e te inclui nas loucuras fragáveis.
Sou o teu ponto de início.
Sou a única certeza que tens: o benefício da dúvida.
Sou tua chegada, em meio aos tijolos laranjas.
O desejo de ter fome no café da manhã.
A falsa decisão de não ter medo.
O medo de não ter a falsa decisão.
E tu és a minha resposta.
Caio Mello
20/01/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário