domingo, 15 de julho de 2012

Saudoso


A mente perdida
Não sabe onde ir
Vivendo outra vida
Começando o fim
Máscara de plástico
Confetes de leite
Presa entre janelas

Como se tudo que visse fosse noite
porque o dia se passa sem percepção;
num cálcuro errado de se ganhar
ao mesmo tempo que se perde.

São tristes figuras
Que cobrem os olhos
Que cegam as vistas
E o corpo se nega
A seguir em frente
A manter o ritmo
Diz ele sinto muito, mas tua jornada está nos levando para meandros diversos daqueles combinados. Dize-me: o que fazes? Para quem lutas?Para quando lutas? És teu presente tangível ou teu futuro ignoto? Serás a mesma pessoa, então?

A mente não sabe a resposta.

Permanece oblíqua
Enquanto seu corpo
Vai perdendo forças
Desfaz-se por dentro
Falha novamente
Querendo provar
Que o seu maior erro
Foi acertar tudo

Quem sabe?
Quem sabe um dia voltamos para o circo?
Quem sabe o palhaço nos fará rir?
Com as bochechas pintadas e o nariz vermelho,
arrancará o ar mofado de dentro dos nossos pulmões
e, talvez, nos fará felizes.
A sanfona tocará rente aos nossos ouvidos
e ouviremos as músicas mais simples e mais doces
enquanto veremos os leões fazendo acrobacias.
E a trapezista será como um anjo, lá no alto
a nos agraciar com seu show.

Mas enquanto isso
Nesse fim de tarde
Iremos dormir
E o sonho, de noite,
Será sobre máquinas

Caio Mello
15/07/2012

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